segunda-feira, 30 de abril de 2012

Materia feita Por Samara Loppes do portal LEIA JÁ com o Projeto Interação


Quanto custa passar no vestibular?

Opções de cursinhos gratuitos, como o oferecido pela UFPE, são mais uma opção para os feras

por Samara Loppes | dom, 29/04/2012 - 14:27 | Atualizada em: dom, 29/04/2012 - 17:33
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Foto: Samara Loppes/Leiajá imagensSala de aula do Projeto Interação na UFPE
Ingressar em uma faculdade e fazer carreira de sucesso na vida é o sonho de muitos estudantes. Mas eles sabem que entrar no listão dos aprovados das universidades federais custa caro e exige muita dedicação. Mas o fera não precisa ficar preocupado: uma das opções é recorrer a um cursinho pré-vestibular.
Os cursinhos variam entre 200 e 800 reais por mês. Mas para quem não tem uma boa renda, ou não quer trazer mais um gasto para seus responsáveis, tem como opções alguns cursinhos gratuitos, como o Projeto Interação, realizado por alunos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 
O coordenador do Projeto, Jônatas Lins, comenta sobre o potencial do curso. “O Interação oferece 80 vagas no início do ano para alunos que comprovem não ter renda suficiente para pagar um pré-vestibular. Durante o ano, algumas pessoas desistem, mas das que ficam, 80% passa no vestibular da UFPE”, afirma.
De acordo com Jônatas, o único gasto que o estudante tem são os 5 reais da inscrição, no qual a metade é revertida para as cópias das provas do processo seletivo e a outra metade é direcionada para o material didático oferecido aos alunos durante o ano letivo. “O princípio do Interação é atender a quem não tem condições de pagar os cursos particulares, e essa solidariedade acaba entrando dentro da sala de aula e fazendo com que os alunos sejam solidários uns com os outros”, afirma Ritcchelle Araújo, formado em letras pela UFPE e ex-aluno do projeto.
Mas não é só o cursinho Interação que oferece essa oportunidade. Jéssica Ramos, 16 anos, é aluna do Cursinho Cidadão, também por alunos da instituição. “O projeto Cidadão foi uma boa oportunidade, fiz a inscrição por apenas 10 reais. Tenho aulas todos os dias, os professores são pontuais e o curso é bastante puxado”, afirma a estudante.
O professor Marcelo Menezes esclarece que nenhuma alternativa adianta se o aluno não se dedicar. “O que faz o aluno entrar em uma universidade pública é o desempenho dele nos estudos. O curso mais caro ou o mais barato realmente só funciona com a dedicação do aluno”.
Os professores dos cursos são voluntários e variam entre estudantes da própria universidade e pós-graduados. Segundo Jônatas, ainda existe uma dificuldade de encontrar professores de língua estrangeira, quem quiser se voluntariar (com direito a certificado de monitoria), pode entrar em contato com o coordenador, através do blog do projeto ou do telefone 81 9413-7319.
As aulas são de 13h às 18h20 de segunda a sexta e de 8h às 16h no sábado. O processo seletivo desse ano já foi encerrado, mas o remanejamento permanece durante todo o ano. As divulgações do curso acontecem sempre entre os meses de janeiro e fevereiro.