Quem somos nós

O Interação é um projeto de extensão da UFPE, que está vinculado com a PROEXT, (Pro Reitoria de Extensão), sobre a orientação do Profº Dr. Walteir Silva, professor do departamento de Filosofia da instituição e coordenador do NEBA (Núcleo de estudos Brasil África) e sobre a coordenação de alunos universitários.
O projeto tem o intuito de facilitar a entrada de alunos da rede pública de ensino nas instituições públicas de nível superior (UFPE, UFRPE, UPE, IFPE), nas escolas técnicas (ETEPAM, Escola Técnica Maximiano Accioly) entre outras da região metropolitana e no PRO UNI. 
Todos os que lecionam no Interação são voluntários, alunos de diversas graduações e instituições do estado, que se juntam para ver uma universidade pública mais justa, isso é o que leva o Interação numa luta que começou no ano de 2005 com os primeiros que implantaram essa semente no coração de muitos que continuam com o projeto.
Passamos para os alunos, no ano letivo do vestibular, um pensamento que poderá ajudá-los dentro da instituição, conceitos de cidadania, sociologia, filosofia entre outros. Pois, todos merecem o melhor e é o que tentamos passar para os que acreditam no Projeto Interação, como nós acreditamos.

Jônatas Lins

Cotidianamente, o objetivo de diminuir os efeitos de uma educação pública pouco eficaz foi sendo expandido e ganhando novas nuances. Quando nós, alunos universitários, nos unimos, sabíamos que estaríamos lidando, sobretudo, com sonhos, que mexeríamos com sentimentos e esperanças alheios e que a responsabilidade era grande. Tínhamos a ligeira idéia de onde estávamos nos inserindo – mas nada perto do que acabou sendo o ano de 2005 para todos que fizeram o projeto. As dificuldades existem e não são pequenas. De conseguir sala para ministrar aulas a conseguir dinheiro para manter os gastos com o material didático, de se oficializar como ação extensionista a manter o quadro de professores, tudo é alcançado com muito esforço. Além das dificuldades externas, enfrentamos as nossas próprias dificuldades. A falta de uma metodologia de sala de aula, a própria inexperiência docente e a relação diária travada com os alunos são alguns exemplos. É preciso cuidado para não desanimar. Manter um projeto como esse – onde todos trabalham voluntariamente tentando fazer algo pelo social – exige ideologia e crença na educação como caminho. Apenas a paixão justifica o empenho de quem trabalha com educação. Desde seu primeiro ano de existência, o Interação tenta cultivar uma educação que liberte e aproxime a todos. A cada ano, mais do que uma turma e uma equipe de professores, o Interação forma amigos. Amigos que dividem dificuldades, desafios, e, sobretudo, sonhos. Todos crescem, todos progridem, todos agregam, a partir do somatório de forças. Como disse Paulo Freire, “ninguém se liberta sozinho; libertamo-nos sempre juntos”. Acompanhar o resultados dos vestibulares e ver os meninos raspando o cabelo e as meninas, as sobrancelhas aumentou ainda mais a nossa crença na educação como um caminho. São sonhos realizados e sonhos que começam a brotar em chão fértil e com possibilidades de realização. Quando um aluno rompe a barreira da classe social e atinge o patamar da universidade, não é apenas ele que se modifica. Todo o universo em volta também se renova.

Carolina Vanderlei